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Clube Pescar

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Clube Pescar - Etapa final do Roteiro de Pesqueiros do Centro Oeste
Partimos do Lago Verde também ainda escuro em direção ao nosso último destino da viagem, o Clube Pescar, que fica na cidade de Luziânia, a apenas 60km do centro de Brasília. O Pescar é um dos pesqueiros mais conhecidos e procurados, em especial por quem busca grandes pirararas. O lago principal é imenso (mais de 300m de comprimento da margem principal) e com uma população de pirararas imensa, com bom número de exemplares acima dos 50kg (pesados realmente, não estimados).
Apenas o Reginaldo dentre os 4 do grupo já conhecia o local, já foi com o filho Reynald algumas vezes e sempre falava pra irmos, e eis que finalmente deu certo a visita tão esperada. Aqui ficaríamos pouco tempo, apenas um dia e uma noite, mas segundo ele era tempo mais que suficiente pra fazer uma bela matéria, então já que ele ia ser o “guia” por aqui ninguém contestou, bora pro Pescar!

Chegamos na recepção, de onde já se pode ver os dois lagos de pesca, e realmente impressiona pelo tamanho e organização. Tudo extremamente organizado, limpo, bem cuidado, inclusive (ou principalmente) a água, que é com certeza a mais límpida que já vi em pesqueiros, como você vai ver nas fotos ao longo da matéria.

Rapidamente pegamos nossas coisas e fomos pro lago principal armar logo o “arsenal”, já que teríamos pouco tempo de pesca. Deu pra imaginar já de cara o porque de ser um local relativamente fácil de pescar; o lago é limpo e homogêneo, tendo pouco o que se pensar com relação a pontos pra encontrar as pirararas. Basicamente durante o dia eles vão se esconder da luz, e o único lugar pra isso por aqui é bem no meio do lago, na parte mais funda. Conseguiu jogar iscas grandes bem no poço, é pirarara na linha rapidamente. Isso desde que os redondos, extremamente numerosos, não destruam sua isca antes. Por esse motivo aqui, mais ainda que em outros locais, pedaços e cabeça de pacu fazem muita diferença, e quanto maior melhor! As tilápias (aqui vc pode pegar as grandes e usar a cabeça de isca e entregar o corpo pro pessoal do pesqueiro, que as vende frita; aliás uma delícia, rsrs) também são excelentes iscas, mas são devoradas em poucos minutos pelos quase infinitos tambacus do lago.

Em pouco tempo tínhamos todas as linhas armadas e arremessadas o mais longe possível, todas com cabeça de peixe (redondo ou tilápia). O vento estava terrível e atrapalhou bastante os arremessos e até mesmo pra ouvir os alarmes, voavam até as mesas e varas se estivessem nas capas, mas ainda assim conseguimos colocar várias iscas onde queríamos. E não demorou muito pra ouvirmos cantar uma das Penns pela primeira vez no dia, e a fisgada firme prontamente dada pelo Reginaldo que estava mais próximo da vara, um modelo de jigging do Jean montada com uma Senator 2/0 e linha 0,70mm, anzol direto na linha e cabeçona de pacu de isca. Briga pesada no meio do lago e logo aparece uma pirarara muito conhecida daqui por não ter praticamente todo o maxilar inferior, uma das que são chamadas de “boquinha”. É um peixe bem grande e que sempre é pega, provavelmente pq não consegue caçar e assim as nossas iscas são alimentos mais fáceis pra elas comerem. Um pouco triste ver a deformidade dela, mas ela parece ter se adaptado bem e estava muito saudável.

Pedimos aquela bela porção de tilápia e algumas cervejas/refrigerantes pro almoço,após saborear o almoço o que pessoalmente me deixou muito, mas muito feliz, foi saber que aqui tem uma carta de cervejas artesanais fabulosa, primeiro pesqueiro que vi isso até hoje, e claro que tomei uma bela IPA (aliás, duas, hehe). Enquanto isso Jean e Reginaldo, fominhas que são, continuaram pescando; Reginaldo no lago principal, e o Jean foi pro lago menor (que já é bem grande), que tem uma inacreditável quantidade de pirararas pequenas, pescar exclusivamente de Ultra light, diversão espetacular como ele vai falar mais adiante pra vocês.
Voltei no intervalo ver como estava o Jean estava no lago principal já no fim da briga com mais uma rainha do rabo vermelho, pega na pequenina Penn Peerless 9 na cabeça de tilápia; como era a vez dele nas grandes ele deixou as UL no salva-vara e foi tirar esse peixe lindo aí abaixo:
Quando retornou ao lago das pequenas uma das varas tinha sumido, e aí... Deixa que ele mesmo vai contar também, hehe.

O vento aumentou demais, e também a ação dos tambas ladrões de isca, e daí então até cair a noite e o vento baixar as pirararas deram uma sumida.
Pedimos uma bela pizza pra janta e enquanto ainda comíamos parece que elas abriram a boca de novo; de novo no conjunto com a 2/0, e agora era a minha vez de me deliciar com a briga de uma linda pirarara do Pescar.

Depois de vários alarmes falsos, e um peixe perdido, um alarme soa lá no fundo do lago, bem longe de onde estávamos, e toca de correr atrás de mais uma; pra isso pescador nenhum tem preguiça viu, rsrs. Vez do nosso amigo Tripa brigar com uma linda pirarara, fisgada na International 12LT, e anzol 10/0 Mustad Octopus iscado com numa cabeça enorme de pacu que devia ter quase 1kg! Devido isso todos pensamos que devia ser um dos monstros do Pescar, mas uma pequena “inxirida” que estava na ponta da linha, que mesmo com tralha tão pesada ainda deu uma bela briga.

Partiríamos de volta ao sudeste no outro dia bem cedo, então nosso motorista Jean já estava indo descansar quando mais uma sineta grita alto, e como era a vez dele “COOOORRE JEAN, CORRE QUE É ELA!!”. Não demorou e mais uma pirarara, mais uma das “boquinhas” (essa com deformidade bem menor, provavelmente causada por alicates quando era pequena, infelizmente comum nos pesqueiros por falta de informação e consciência de alguns pescadores), aparece pras fotos, pra alegria do Jean que pode ir dormir tranquilo e sorridente .

Também já cansados, começávamos a organizar a tralha pra ir pro quarto, mas ainda teve tempo uma saideira. Era vez do Reginaldo, mas como ele já estava tomando aquele banho, acabou ficando pra mim a “árdua tarefa” de fisgar a pirarara que saiu fritando a Peerless 9. E fritou mesmo, carretilha pequena e nada indicada pra brigas tão pesadas, não aguentou bem a briga e os últimos minutos foram bem complicados, aquela apreensão pra não travar de vez e arrebentar, ou liberar de vez a linha e ter de trazer na mão, mas com calma e uma dose de experiência conseguimos sem maiores problemas tirar nossa última pirarara goiana da viagem, nem de longe a maior, mas com certeza a que mais deu trabalho pra sair da água (a pequena Peerless que o diga).

“ Pirararas no Ultra Light – por Jean Coqui, o Amental!”
Começo dizendo que “Valeu o rolê”! Foi uma experiência fantástica entre amigos em busca das pirararas. Escolhi para a minha pescaria de ultralight o Lago menor, montei dos meus equipamentos 4 varas massa amendoloco e ratazana maturada e escolhi um local onde tinha bastante barro em suspensão, ou seja, peixes revirando o fundo do lago. Preparei a câmera, fiz 4 iscas de amendoloco, efetuei os arremessos de forma seguidas já com a câmera ligada e acreditem, foram três ações praticamente instantâneas, peguei um dublê e uma perdi a fisgada. Tive que pedir ajuda para tirar este primeiro dublê e assim foi uma sequência de dublês onde cada um foi me ajudando a tirar conforme os peixes iam batendo, desta forma fui orientando a todos como proceder durante a briga com uma pirarara no material Ultralight, praticamente uma aula particular, foi muito legal com ação demais na pescaria.

A Pescaria é realizada na porta do quarto dos dormitórios que são beirando o lago, agora deixa eu contar uma coisa que ficou “no ar” no início da matéria: durante esta correria louca que foi pescar as pirararas neste Lago menor e ao mesmo tempo no Lago Grande uma das varas puxou e eu saí correndo para fisgar; sem me atentar devo ter deixado uma vara com anzol dentro da água e esse detalhe foi fatal. Quando voltei depois de brigar e gravar a pirarara no Lago principal me dei conta que faltava um conjunto UL, que para o meu desespero tinha sido levado pra água (tudo, vara molinete salva varas). Meu amigo, a sensação foi péssima... gastei facilmente uma hora efetuando arremessos seguidos com o Felipe mineiro (tripa) me ajudando até que consegui enroscar na minha linha e, com muito cuidado, desta maneira eu consegui recuperar a vara e ainda o peixe que estava nela, uma linda pirarara que eu tive a felicidade de tirar! Fiquei feliz demais e fui contar para o pessoal fizemos um brinde antes do jantar .... foi animal .... esta pescaria estará no canal da Amental Fishing Pesca no YouTube, confere lá meu amigo.

Saímos do Clube Pescar com a certeza de ser um local a indicar e que precisamos voltar com mais tempo, e na próxima encontrar de frente com uma das monstras acima dos 50kg moradoras do lago.
Ainda tiramos uns minutos antes de sair pra ver o alvoroço que se forma na hora de alimentar os peixes, viramos um saco todo de 25kg de ração (a pedido do pesqueiro) numa margem e é inacreditável mesmo a quantidade de peixes; até enormes pirararas vieram ver o que tava acontecendo.

Ah, gostou do material da Penn Reels para a pesca das pirararas e tambaquis, e também os molinetes Penn paraUL usados pelo Jean? Não esqueça de entrar no site www.pennraiba.com.br que você encontra TODOS os modelos, e inclusive diversos vídeos técnicos e matérias de pesca.

Prefere ou também quer o material de Ultra Light, confere lá no www.amentalfishing.com.br!
E nós ficamos por aqui, fiquem com esta e outra belas imagens aéreas do local, e nos vemos por aqui em outras edições da Revista Fishing News.
Felipe Naous – Penn Raiba Carretilhas
Fotos “imagens aéreas” “subaquática” “ceva de manhã” e “imagens UL”


Felipe Naous
Jean Coqui

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