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Os grandes Robalos de Paraty - RJ

Os grandes Robalos de Paraty - RJ

Os grandes Robalos de Paraty - RJ
Por Gilberto Rebane

Caros leitores pescamos várias vezes na Costa Verde do Rio de Janeiro, região de Angra dos Reis e Paraty.   
 
Nos últimos três anos temos ido constantemente e, quase sempre,utilizando a técnica do jighead com camarões artificiais!  Vez ou outra usamos um plug de superfície para ver o estouro dos xaréus, carapaus, xaréus olhudo, entre outros.
 
Quase sempre vamos atrás dos robalos, já capturamos muitos pevas com uma infinidade de tamanhos (ou “cambira”, como eles chamam lá), já demos na cara dos ”flechões” – meu recorde é um de 18 quilos (108 cm até o vértice da cauda, 113 no total) - uma maravilha de peixe.

Comparando essas várias ocasiões em que pescamos em Paraty, esta ultima viagem foi, sem duvida nenhuma, inesquecível - excepcional!
Agendamos dois dias de pescaria com o guia Rafael Marcatto.
Nossa equipe estava composta por Lusca Pacheco, Eric Andersen, eu e o Guia Rafael Marcatto.
No primeiro dia saímos da Marina Cais de Pedra no meio da manhã, tarde pelos padrões de pescaria, pois viajamos de São Paulo direto até Paraty. Nosso guia navegou poucos minutos, parou o barco sobre um parcel e disse que naquele ponto tinham saídos alguns robalões em dias anteriores.
 
Fomos conferir iscando no jigheados camarões artificiais vermelhos ou bronze como sempre – alias é interessante essa alta produtividade nas ações com essas cores!
Nos primeiros arremessos Eric engatou nosso primeiro peixe, uma pequenina cocoroca, obviamente que aproveitamos para começar as gozações, afinal, pescaria sem tirar “um sarrinho” da cara dos amigos não é pescaria!
Eu isquei na minha vara Flexfort de 11 lbs da BRAVA for Fishingum camarão com 9 cm cor bronze e com chumbo de 12 gramas usando uma técnica diferente de “ring”, fora do padrão usual do jighead, na qual tenho tido bastante sucesso.
 
No quarto arremesso senti o famoso “TUM” - a sugada do robalão!   Não deu outra, a primeira corrida foi maravilhosa.  Percebemos que era o bichão dando as caras.  Entre as recolhidas, as tomadas de linha e as manobras do Marcatto,o peixe apareceu e mostrou ser um de bom porte. Uns dez minutos depois o passaguá foi para água e o peixão embarcado. Não pesamos, mas deu pra ver que era um peixe com dois dígitos, talvez entre 12 quilos a 15 quilos.  Bichão solto na água e muita alegria a bordo por mais um troféu fotografado!

 
 
Primeiro robalão do dia
Logo depois foi a vez do Eric fazer o seu show. Usando um camarão de 12 cm o robalão não resistiu ao trabalho da isca e “TUM”.
Depois de mais tomadas de linhas, recolhimentos e diversos comentários, outra maravilha de robalão a bordo!
Eric acha que pode ser sido o recorde dele. Não pesamos, mas era um bichão com mais de 12 quilos com certeza!

 
Peixão fotografado e liberado para a vida, mais alegria a bordo!
Tivemos que calar a nossa boca, acabou a gozação da “cocoroquinha”!
O que mais nos chamou a atenção neste momento foi a saúde dos peixes, fortes, gordos e lindos!
Insistimos no ponto mais um tempo, mas os peixes não deram o ar da graça.
Marcatto mandou recolher as linhas e fomos para outros pontos.
Pegamos alguns pevas, badejinho e o Lusca pegou um belo galo de penacho!
 
Lusca e seu Peixe Galo de Penacho
E eu um “enorme” Porquinho.  Como pode um bicho querer atacar uma isca do tamanho dele? Ou foi enroscado?

Como eu já disse, esse dia foi excepcional!
Num novo ponto Eric capturou um Peixe Galo e logo depois encontrou um cardume de olho-de-cão.
Com a minha vara Flexfort de 11 libras e quis brincar com os “vermelhos zoiudos”.
Peguei um, dois, no terceiro, pela batida, parecia outro Peixe Galo, mas escapou.
Deixei o camarão correr e, de repente, um “TUM”!  Fisguei. 
A primeira corrida foi assustadora, tomou mais da metade do carretel com a PE#2 e agitou a equipe toda!
Gritei pro Marcatto, ele acelerou o motor elétrico atrás do bruto.
Ai começou a batalha e a grande dúvida, uma vara leve, linha fina, anzol 3/0 e líder 35 lbs de fluorcarbono para enfrentar esse bichão? Será que vai dar?
Entre idas e vindas do peixe todos perguntavam que bicho será esse?  Robalão?
Ele não subia.  Eu recolhia a linha e ele voltava a tomar mais 20 metros. O tempo ia passando e nada de ver o peixe. Aproximadamente 40 minutos depois Eric viu de longe e falou que peixe era “meio avermelhado”, pronto, começou outra fase de adivinhação: caranha, bijupirá?
Tempos depois conseguimos ver o bicho, ele resolveu dar o ar da graça na superfície, um belo bijupirá despontou. Gritaria geral a bordo! 
Eu nunca tinha pegado um deste porte. Que força e resistência descomunal tem esse peixe!
Há uns dois meses tinha somente visto um dos grandes em Angra dos Reis, mas esse estava na ponta da linha, na minha vara Flexfortde 11 libras e mostrava que não iria desistir tão fácil.
Para resumir, foram duas horas de briga, comi números movimentos de vai e vem de linha, o peixe olhava para o barco e descia 10, 15, 20 metros.Depois de duas horas todos estávamos exaustos, eu pelo trabalho, o peixe pelo esforço, o Eric e Lusca de tanto esperar e sem conseguirem pescar.  
Sem falar do barco, que deslocou dois quilômetros do ponto da captura. A bateria do motor elétrico começou a baixar, Marcatto teve que usar o motor de popa para perseguir o bruto.
Passado esse tempo chegou a vez do Guia Marcatto usar o passagua e embarcar o belo bijupirá.
Quantos quilos?  Não sei. Sei que balança só ia até os 14 quilos. Quando pesamos chegou até lá a parou. 15, 18, 20 quilos? Não importa. 
Filmamos, fotografamos e soltamos o bruto.  Esse merecia retornar para a vida!

Depois desta batalha retornamos ao ponto onde capturamos o bijupira, mas um “ventinho” começou a dificultar a nossa pescaria. 
Fomos para perto da costa, na busca de lugares mais abrigados, mas não deu para continuar, tivemos que desembarcar e esperar pelo dia seguinte.
No dia seguinte saímos mais cedo e voltamos ao ponto dos robalões.
Agora foi a vez do Lusca mostrar para que veio.
Logo de cara fisgou um belo robalão, dos grandes, mas o líder de 50 libras não foi o suficiente para aguentar a serra da boca do bicho – puiu, arrebentou.  Frustração geral!
Minutos depois foi a vez de outro robalo flecha abocanhar a isca do Lusca.  Esse veio para as fotos.
 
Lusca e seu RobaloFlecha de 6 quilos.
Lindo peixe! Foi filmado, fotografado e solto. 
Voltamos aos trabalhos no mesmo ponto.
Lusca, novamente ferrou outro bruto que tomou muita linha, mas estourou no líder. Achamos que pode ter passado numa pedra! Quem sabe?
Depois foi a vez de um lindo Pevão abocanhar o novo camarão vermelho. 
 
No mesmo point, Eric capturou mais um “flechinha”, um “pevão”, uma pescada e mais uma “cocoroca”!

Continuamos a busca, pinchamos em outros lugares, mas o vento começou a dar sinais de que chegaria mais cedo.
Arriscamos para um parcel mais distante. Lá o Eric resolveu sair na foto.   
Marcatto viu uma prejereba nadando na superfície e apontou a direção.  
Eric num arremesso preciso jogou o camarão artificial a um metro na frente do peixe a isca afundou e a prejereba foi atrás,  bateu, fisgou, escapou, Eric continuou a trabalhar e ela voltou a dar outro bote.  Bela fisgada, lindo lance! 

Expulsos pelo vento, seguimos o lema “segurança em primeiro lugar”.
Fomos até perto da costa em lugares mais abrigados, capturamos robalos peva, agulhão, pescada, ubarana, entre outros – uma bela diversidade!
 


O vento veio apertando, mais forte, tivemos que desembarcar mais cedo.
Nessa ocasião já “estávamos pescados”!
Posso dizer que já fizemos pescaria melhores quando se compara pela quantidade de peixes, mas desta vez a qualidade bateu a quantidade. As ações com os lindíssimos robalos flecha, o bijupirá e a prejereba fizeram os dois dias serem inesquecíveis.
Na volta viemos conversando pelas horas gastas no trabalho com o bijupirá, a cocoroca do Eric, o meu porquinho, o estouros nas linhas do Lusca e elogiando o trabalho do Guia Marcatto.
Missão cumprida!
Estamos esperando a próxima!
Querendo pescar entrem em contato com:
-Guia Rafael Marcatto:  (24) 99858-9067
- Gilberto.rebane@bravapesca.com.br

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