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Pra quem deseja mais do que pescar

Pra quem deseja mais do que pescar

Pra quem deseja mais do que pescar – por Rodrigo Morelli
Aquafort Tour & Pesca Hotel Jericoacoara
É claro que nosso objetivo era capturar os grandes e cobiçados peixes da região, mas também sabíamos se tratar de uma operação extremamente confortável, turística, senão luxuosa, para os padrões de pousadas e hotéis, comumente utilizados por “nós” pescadores esportivos. Por isso, antes mesmo de entrarmos nos detalhes da operação de pesca, apresentaremos um pouco da estrutura do Aquafort Tour & Pesca Hotel Jericoacoara que merece destaque por suas belezas naturais, como por suas instalações e serviços.
O Hotel e sua estrutura
Localizado na paradisíaca Rota das Emoções na margem direita do Rio Coreaú em Camocim-CE, que fica próximo das cidades de Tatajuba e Jericoacoara, o Aquafort Tour & Pesca Hotel Jericoacoara dispõe de 12 suítes de luxo, 6 suítes superior e 12 suítes standard, sendo duas suítes superiores adaptadas para cadeirantes.  Todas as acomodações são equipadas com ar-condicionado, chuveiro quente, frigobar, Sky TV, Wi-Fi free, varanda de 360° com vista privilegiada do estuário do rio Coreaú. Sua infraestrutura combina a rusticidade do meio rural com o conforto da vida moderna. O complexo hoteleiro oferece mais de 18 modalidades de diversão que atendem desde os praticantes da pesca esportiva até os aventureiros do Off-Road, passando pelos amantes dos esportes náuticos com passeios de lancha e caiaque, à contemplação da natureza estuarina e do turismo convencional de praia. Completam a estrutura de lazer e diversão uma piscina com três profundidades e borda infinita tem área de 480,56m², salão de jogos, campo de mini golfe, quadras poliesportivas de areia, extensa praia artificial, área para prática de arvorismo, lagos de água doce, lagoas de água salgada, além um canal artificial de água estuarina, com 25 km de extensão e 4.800 hectares da área estuarina natural do Rio Coreaú.
Outro ponto que merece destaque é o restaurante e as refeições servidas, desde o café da manhã ás porções, sashimi, pratos especiai, preparados por um experiente e competente chef.
O convite
Aproveitando a vinda a São Paulo para a participação de uma tradicional feira de pesca que ocorre todos os anos, Sr. Juan proprietário do hotel e o renomado guia de pesca da região norte e nordeste Auricélio Alves de Sousa, responsável pela operação de pesca, me convidaram a conhecer o Aquafort. Procurei extrair o maior número de informações técnicas junto ao guia de pesca, que se mostrou extremamente gentil e prestativo, para repassar ao grupo de amigos que acompanharia na ocasião.



O grupo
Nosso grupo foi montado de modo bastante homogêneo. Os seis integrantes (Ricardo Ozaki, Guilherme Coli, Allan Poletto, José Carlos, Douglas Mamizuka e eu, Rodrigo Morelli – Saltwater Team) levavam na bagagem experiências adquiridas ao longo de muitos anos de pesca. Além da vontade de conhecer e pescar em um local ainda pouco explorado, o espírito pescador de fazer novas amizades esteve presente em toda a viagem.
Opções de pesca
No Aquafort Tour & Pesca Hotel Jericoacoara são realizadas pescarias em estuários, lagoas, açudes e canais integrados ao espaço físico do próprio hotel, utilizando-se iscas naturais ou iscas artificiais. São mais de 50.000.000m² de área estuarina e de manguezal, que complementam o paisagismo natural do hotel e os locais de pesca. Dividimos em duas partes e etapas as pescarias a serem realizadas, e as vou relatar de modo separado.
Primeira parte: Pesca no Rio Coreaú
Logo que chegamos ao Aeroporto Pinto Martins-CE fomos recepcionados pelo Sr. Juan que nos aguardava com duas Pick-ups, para realizarmos o translado com duração de 4 horas até o hotel. Chegando ao hotel fizemos nosso check-in, tomamos um belo café da manhã e, logo em seguida, partimos para a pesca de canal, no Rio Coreaú.
Trata-se de um ambiente muito preservado, com estrutura de mangue intocado, que oferece ao pescador esportivo totais condições para capturas em diversas modalidades. Devido ás condições adversas que encontramos, pois o vento estava muito forte no período em que estivemos no Hotel, optamos por pescar quase que exclusivamente com iscas de fundo (jumping jig e jig heads), mas segundo os próprios guias da operação, são realizadas também excelentes pescarias com plugs. São encontrados no rio diversas espécies de peixes. Capturamos Robalos Peva e Flecha, Pescadas amarelas, Meros, Badejos, Ciobas, Caranhas, entre outras.  
Nossa estratégia consistiu em sairmos o mais cedo possível para a pesca no rio, pois pela manhã, o vento era mais ameno, aumentando as chances de boas capturas. Por este motivo, não conseguimos pescar próximo da barra, local onde habitam os grandes Flechas, Pescadas e Tarpons. Entre os meses de janeiro e abril, com a diminuição dos ventos, fazem-se as melhores pescarias (captura-se peixes grandes), segundo os próprios guias de pesca.
O tão sonhado troféu não apareceu, mas capturamos Robalos Flecha com 2,5kg, 3kg e até 4,5kg, muitos, mas muitos Robalos Peva, inclusive com dublês em uma só montagem (2 Bait), além de algumas boas pescadas amarelas, com destaque para um exemplar que pesou quase 5kg.
Para a pesca no Rio Coreaú o hotel disponibiliza 6 lanchas plataformadas novas, equipadas com motores de 50hp, motores elétricos, além de guias especializados. Nossos agradecimentos especiais aos guias de pesca Welton, Kelvin e Paulo, além do Adelson, coordenador da equipe de pesca, pela atenção dedicada a nossa equipe.
Segunda parte: A pesca no Hotel e em seus canais de alimentação
Como mencionado no início da matéria o hotel dispõe de inúmeros canais de alimentação, bem como criatórios de camarão em sua área interna. A pesca é bastante farta nestes locais, principalmente nos horários em que as bombas “oxigenadoras” estão ligadas. Trata-se de uma simulação da natureza, como se fosse o momento em que a maré “corre” e os peixes se alimentam. Muitas espécies se dividem na busca pelo alimento. Sargos, Xaréus, Tainhas, Paratis, Pescadas, Tarpons, Robalos, Barracudas, entre outras espécies. E todas estas espécies são capturadas com iscas naturais ou artificiais, aos montes, garantindo esportividade e emoção ao pescador. Enganam-se quem pensa que o peixe por estar confinado não briga. Tivemos ações de Robalos e Barracudas que estouraram tudo. Pequenos Flechas de 2kg ganham muita força ao se aproveitarem da corrente d’água gerada pelas bombas.
A pesca das temidas Barracudas. Um capítulo á parte
Em uma parte do canal mais isolada, no final da tarde, íamos pescar as poderosas, cobiçadas e temidas Barracudas. Ouvimos relatos da captura de exemplares de quase 20kg neste local, o que nos deixou empolgados. A preferência segundo os guias que nos acompanhavam a todo o tempo, seja na pesca embarcada ou desembarcada, era por grandes iscas de superfície do tipo popper, zara e stick, mas as iscas de meia água fizeram a diferença. Todos os exemplares foram capturados desta forma, pois mesmo no canal, devido ao aumento da pressão atmosférica, os peixes se encontravam muito pouco ativos, sendo necessários centenas de arremessos para convencê-los a atacarem nossas iscas.
Material utilizado
Carretilhas de perfil baixo marinizadas com bom drag
Molinetes tamanho 3.000 e 4.000
Varas com resistência de: 14lb, 17lb, 20lb e 25lb
Varas para Jig Head: 6’3” e 6’6”
Varas para Pincho:  5’6” e 6’0”
Varas para Jumping Jig: 5’3” e 5’6” passadores Torqued até 20lb
Linhas de multifilamento: 20lb, 25lb e 30lb
Líder de fluorcarbono: 30lb, 40lb e 50lb
Snap reforçado
As iscas utilizadas na região: Sticks, twitch baits, meia água, camarão com jig head e jumping jig com 25g até 40g
Dicas finais. Não deixe de levar!
Camarões artificiais entre 10 e 14cm, além de jig heads com pesos variando entre 14g e 21g. Cores: Cobre, vermelho, limão, chá, marrom e prata. Não economize, pois as perdas são certas;
Tenha em sua tralha um conjunto composto por molinete, pois em muitas situações os arremessos são realizados contra o vento. Esta ação é facilitada com o molinete, além de conseguir alcançar maiores distâncias;
Leve iscas grandes e “velhas” para serem literalmente destruídas pelas Barracudas. Hélices, poppers, zaras, sticks que são comumente utilizadas na pesca de Tucunarés Amazônicos, são uma boa pedida.
Rodrigo Morelli é jornalista, pescador esportivo há mais de 25 anos, guia de pesca de robalos e membro da equipe Saltwater Team.










Pesca no Canal do Hotel Fazenda
O Canal da fazenda Aquafort tem 25km de extensão e conta com uma grande diversidade de peixes.
Pesca no Rio Coreau
A pesca no Rio Coreau brinda o pescador com 30km de estuário.
 


 

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